quinta-feira, 27 de junho de 2013

MERCADO DE TRABALHO DA ADEFERN


Aos interessados, por gentileza, entrar em contato com nosso Departamento Geral da ADEFERN pelo número (084) 3614-2060 com urgência.

Atenciosamente,

Décio Filho
Departamento Geral da ADEFERN
www.adefern.blogspot.com.br
quarta-feira, 26 de junho de 2013

12.º Arraiá da ADEFERN "Senta que eu te empurro"


Queremos convidar todos os companheiros, sócios, amigos e doadores para se fazerem presentes em nosso 12.º Arraiá da ADEFERN "Senta que eu te empurro" que acontecerá em nossa sede, neste Sábado (29.06), às 20h.


ADEFERN
Rua Cariacica Nº. 2000, Conjunto Santarém Bairro Potengi.
sexta-feira, 21 de junho de 2013

PROTESTO EM NATAL


Caros companheiros de luta,


O Movimento do Protesto, que aconteceu ontem em nossa Cidade, foi um pequeno passo para alavancar nossa democracia. Não só aqui, mas em todo Brasil, as pessoas estão mais interessadas pela melhoria de nosso país e não querem deixar isso para depois, querem o agora.

E é essa força de vontade e de luta que devemos trazer também para nosso movimento e juntos, levantar também nossa bandeira para que os governantes não se esqueçam de nós.

Juntem-se a nós, da ADEFERN, e façam parte de nossa luta.

Há 31 anos a favor da pessoa com deficiência.

Décio Filho
Departamento Geral da ADEFERN
quarta-feira, 19 de junho de 2013

Poema na ADEFERN

Com toda essa onde de greves e movimentações, protestos contra o governo e em favor do governo, contra o aumento e por melhorias estruturais dentro da competência, desabafo e protestos contra os políticos corruptos, o que eu quero mesmo é:

QUERO VOLTAR LÁ PRA ROÇA


Quero voltar lá pra Roça,
E morar numa palhoça,
Na beira daquela estrada,
Pra quando o manhã surgir,
Bem caladinho, eu ouvir,
O Canto da passarada.

Ouvir o gado mugir,
O cantar do bem-te-vi,
O Boiadeiro aboiar,
As galinhas no terreiro,
Com as cabras e os carneiros,
Em coro com o sabiá.

Fruta madura colher,
Água da fonte, beber,
Para matar minha sede,
À tarde, me espreguiçar,
Vendo a noite chegar,
Balançando-me numa rede.

Vê o matuto passando,
No ombro, a enxada levando,
E o cão na companhia,
Vê-lo depois retornando,
Sua mulher esperando,
Com todo amor e alegria.

Na Roça não existe tristeza,
Na Roça tudo é beleza,
Na Roça tudo é poesia,
E lá não existe guerra,
O povo ama sua terra,
E vive do dia a dia.


Por isso, vou me mudar,
Lá na Roça, vou morar,
Longe da agitação,
Vou vier sem sobressaltos,
Longe de roubas e assaltos,
Longe da poluição.

E para me acompanhar,
Só quero mesmo levar,
O meu radinho de pilha,
Lápis e papel, vou levar, 
Que é pra de mês em mês mandar,
Notícia para minha família.

A Roça me viu nascer, 
E lá que quero morrer,
Por lá, vou me enterrar,
Isso é fato consumado,
Já está tudo acertado,
Ninguém pode desmanchar.

Dos bens já fiz a partilha,
Deixei para toda a família,
O que ganhei na cidade,
Casas, carros e dinheiro,
Meu patrimônio inteiro,
Do qual não levo saudade.

Essas são coisas normais,
São bens materiais,
Que deixo de dividir,
Mas que fiquem avisados,
Os bens vão ser rateados,
Somente quando eu partir.

A minha velha palhoça,
Meu único bem lá na Roça,
A porta pode lacrar,
O meu radinho de pilha,
Volta pra minha família,
Para de mim, se lembrar.

Na hora do Ave Maria,
Que eu escuto todo dia,
Pra poder me confessar,
Dos pecados cometidos,
Por todo tempo perdido,
Que não soube aproveitar.

Vivendo de fantasia,
Longe de toda alegria,
Que a Roça tem pra gente,
Gente cheia de pureza e beleza,
Lugar de povo decente.

Cheio de pássaros cantando,
Cheio de mato exalando,
E o vento a sibilar,
À noite, o silêncio da mata,
Fazendo a gente sonhar.

Por isso, vou me mudar,
Pra Roça e é pra já,
Pra minha felicidade,
Deixo um abraço pros meus,
Para os que ficam, adeus,
Vou-me embora da cidade.


José Odon Abdon


ACESSIBILIDADE NA COPA DO MUNDO II

Acessibilidade: será que uma palavra mágica ou apenas um palavrão?

Palavra com duplo sentido, primeiro porque a palavra é de fato grande. Segundo, porque parece que os governantes, os intelectuais da arte de desenvolver projetos mirabolantes, de buscar fórmulas mágicas para e nas coisas que dizem respeito à pessoa com deficiência, assim pensam e assim fazem.
Esse Brasil de meu Deus é sempre cheio de controvérsias e os mequetrefes sempre querendo aparecer, tentando se sobressair nos nossas costas, tentando a promoção política entre outras coisas, como se a nossa grande maioria fosse sem informação.
Tomem cuidados, caros companheiros, mas tomem cuidado também aqueles que pensam que somos tutelados ou aquele que, comumente, nos chamam de lagartixas, pois, querem dar à entender que só sabemos balançar a cabeça e aceitar tudo de forma passiva.
Ledo engano, as aparências enganam e de repente, podemos nos insurgir e provocarmos reações impensáveis.
Falo tudo isso para poder desabafar e falar do nosso descontentamento, já agora, da Copa do Mundo. Nem começou e já deram motivo para começarmos a falar, esbravejar com situações de falta de acessibilidade nos estádios e olha, que não estamos falando da região nordeste, estamos indignados com as histórias de falta de acessibilidade para pessoas com deficiência no novo Estádio do Maracanã e o novo Mineirão.

Ora, se lá onde se alardeia uma nova cultura, o máximo do conhecimento e outras apologias patéticas, isso acontece, imaginem se não tivermos o devido cuidado e atenção, se não nos unirmos no mesmo propósito com vistas a termos um estádio dentro de uma nova modernidade, com acessibilidade para pessoas com deficiência para que possamos ter acesso. Como iremos ficar?
Não fiquem de braços cruzados e olhando a banda tocar passar e o jogo começar. Não é só isso, a Copa do Mundo acaba, pois são apenas joguinhos mixurucas que vão sobrar para nós os mortais do RN, e do Brasil.
É hora de tomarmos consciência de que somos pessoas que pagamos nossos impostos, estamos contribuindo com nossa força produtiva, com nossa mão de obra para fazer desse país, cada vez, mais forte e respeitado. E não podemos conceber que na hora de qualquer decisão, fiquemos de fora sem podermos sequer opinar. E todos que aqui moramos, sabemos o quanto o Poder Público, que deveria ser o espelho para a Sociedade Civil, é omisso para as nossas questões e nossas lutas.
De fato, não existem instâncias superiores para quem possamos recorrer em nível de Poder Público para buscar resolver as nossas pendências. Buscarmos os nossos direitos e assim, resgatarmos a tão sonhada cidadania. 
Aqueles que poderiam, se omitem, pois sim, são instâncias que de representatividade só mesmo o nome e os instrumentos disponíveis para nós, são tão somente as instituições representativas, são essas que de fato podem buscar e criar mecanismos que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. Entre essas instituições, nos colocamos na frente da batalha para debater, discutir e encontrar os mecanismos que promovam as pessoas com deficiência.
A Associação dos Deficientes Físicos do Estado do RN - ADEFERN, na qualidade e condição de entidade civil, será sempre o quartel e o reduto das pessoas que representam esse contexto social. Por isso é que conclamamos a todos e a cada um, independentemente da deficiência, área ou grau:
"Juntem-se a nós nessa luta"
Nosso Slogan diz tudo: Nada de Nós, Sem Nós.

José Odon Abdon
Presidente da ADEFERN

SERÁ QUE NÓS SOMOS UM MODELO PARA NOSSO PAÍS?

Cada dia que passa, procuro mais me inteirar das coisas que dizem respeito às pessoas com deficiência. Mas, da forma mais bruta possível, sem subterfúgios, pieguices, sem rebuscamentos, sem apologias, enfim, a forma direta e direta de ver, enxergar dirimindo minhas próprias dúvidas conceituais.
Nesse contexto, essa semana passou na televisão algumas situações que dizem respeito a nós, pessoas com deficiência física, o caso do alarme dispara quando um automóvel guiado por uma pessoa dita normal ocupa uma vaga destinada para automóvel de uma pessoa com deficiência. Vaga essa que não tem como ninguém dizer que estacionou por engano já que tem todas as sinalizações.
Achei uma ideia genial. É uma coisa simples, mas que certamente, dará resultado. Surtirá, sem sombra de dúvida, o efeito esperado e nós, da ADEFERN, já estamos pensando em copiar a ideia, a "bandeira boa a gente a gente com ela".
Mas, muito contente ainda fiquei quando na Rede Globo, o repórter fez uma referência a nossa Multa Moral, atitude que desenvolvemos aqui em Natal com a finalidade de inibir as pessoas inconscientes que ocupam as vagas destinadas aos automóveis de pessoas com deficiência e também idosos.
O mais absurdo é que temos encontrado táxis estacionados em nossas vagas. Quero dar um recado, fazer um desafio e perguntar aos meus companheiros com deficiência física que dirigem automóveis: Vocês já estacionaram numa vaga destinada ao Táxi? Invente para ver.
Se você não tiver cuidado e muito bom senso, pode ter certeza, dificilmente você sairá incólume.
Não tenho nada contra os taxistas, até entendo que a maioria são pessoas boas, pessoas do bem. Mas, também, é fato que muitos gostam de levar vantagem em tudo, como apregoa a Lei de Gerson.

Por falar em levar vantagem, dia desse, quando tive que participar de uma reunião na SEMOB, antiga STTU, para tratar de gratuidade e do número de passagem destinado para Pessoa com Deficiência, tive de estacionar no estacionamento destinado ao deficientes físicos em frente à SEMOB. E um "gaiato" que pensa que sabe de alguma coisa, um daqueles que eu conheço bem, veio me questionar.
Ao estacionar meu automóvel, se é que eu posso chamar de bichinho, ele é famoso "pois é" velho, pois é, é feio, mas é meu, pois é. E o gaiato teve a ousadia de dizer que o Símbolo Internacional de Acesso das Pessoas com Deficiência não tinha validade.
Não é preciso que eu diga o quanto fiquei bravo e  fiz ver que ele não estava falando com uma pessoa sem conhecimento da causa. Ele, querendo de certo modo se mostrar todo impoluto, bradou, para os que estavam ao redor, quanto ao Símbolo Internacional dizendo: "Agora, o que tem validade é a credencial que a SEMOB está distribuindo para as pessoas que tem deficiência e você tem que pegar a sua credencial no prédio ali ao lado". E me entregou um papel com a relação dos documentos que eu teria de apresentar no ato de fazer a credencial.
Soltei um breve sorriso e disse-lhe: Meu amigo, eu já tenho essa credencial, infelizmente, ela, no momento, ficou na ADEFERN. Mas, você nunca mais abra a sua bendita "boca" para dizer que o nosso Símbolo Internacional de Acesso não tem validade, isso é desrespeito e burrice.
Agora, vocês imaginem que o final dessa bendita confusão, ao pegar o papel, no verso do mesmo, sabe o que estava escrito? Era, simplesmente, a cópia de nossa Multa Moral, ideia que a SEMOB, na administração passada, quis passar para a sociedade em nosso Município.
Moral da História: "Quem não sabe brincar, não desce pro play"

José Odon Abdon
Presidente da ADEFERN

MERCADO DE TRABALHO DA ADEFERN



Pedimos aos interessados que entrem em contato com nosso Departamento Geral da ADEFERN, pelo número (084) 3614-2060 ou 3214-2533. Essas vagas são urgentes e precisam ser preenchidas o quanto antes.

Atenciosamente,

Décio Filho
Departamento Geral da ADEFERN
www.adefern.blogspot.com.br

terça-feira, 4 de junho de 2013

PASSE LIVRE FEDERAL


 Passe Livre é mais uma grande conquista do Movimento da Pessoa com Deficiência à nível nacional.

Tem o direito, pessoas com deficiência (física, mental, auditiva e visual) que tem comprovada carência financeira. Para isso, se considera a renda familiar per capita e que essa seja igual ou inferior a um salário mínimo vigente no país.

Para solicitar seu Passe Livre é facil. Você deverá ter em mãos os seguintes documentos: cópia de documento de identificação, Atestado da Equipe Multiprofissional do SUS (laudo), Requerimento e Declaração de que possui renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo.O Requerimento e o Atestado da Equipe Multiprofissional está disponível para download no enderenço:

Após esse processo, basta encaminhar ao Ministério dos Transportes para o endereço: Ministério dos Transportes, Caixa Postal 9600 e CEP: 70.040-976, Brasília - DF.

Importante conferir se o seu endereço está correto já que será enviado para sua residência o Kit Passe Livre.

Esse passe será válido em todo território nacional, dando direito ao transporte coletivo convencional como ônibus, trem e barco, incluindo o transporte interestadual semi-urbano. Não valendo, pois, para urbano e intermunicipal ou em viagens em perfil executivo.


Para viajar, a pessoa com deficiência apresentará seu Passe Livre junto com seu documento de identificação em quaisquer Postos de Vendas de Passagens, até 3h antes da viagem. Para termos noção, as empresas, que trabalham nesse ramo, tem a obrigação de reservar 02 acentos para esse tipo de caso.

É seu direito! Usufrua-o!

Décio Filho
Departamento Geral da ADEFERN
(084) 3614-2060

O QUE TAMBÉM VI DA VIDA E O QUE ME INCOMODA AINDA VER

Algumas pessoas, às vezes, me questionam e fazem alguns comentários dizendo e achando que eu sou "duro na queda". E eu até compreendo e me divirto e, de repente, fazendo uma breve avalização, chego mesmo a uma conclusão: sou mesmo um cara que é duro de morrer. Senão, vejamos: já cheguei aos sessenta e dois e acho que ainda vou chatear muita gente que pensa que pode me enganar, quer dizer, enganar a mim até pode, não pode é enganar a Deus. Será que você me entendeu?

Quando falam que sou "duro na queda" é porque, ainda quando eu era criança, eu sofri dois acidentes de carro. Quando, no primeiro, morreram sete pessoas e no segundo, oito. E eu sequer tive um arranhão. Tais acidentes quase no mesmo local, na Famosa Serra do Doutor, entre os municípios de Serra Cruz do Inhare e Currais Novos.

Ainda quando criança, fui vítima de afogamento. E já como adulto, aos vinte e quatro anos, fui assaltado e baleado com dois tiros de revólver 38. Um que me atingiu a coluna vertebral se alojando entra a quinta e sexta vértebra cervical que ocasionou uma compressão medular e que acabou por me deixar paraplégico. O segundo, apenas causou um dano em minha coxa direita.

Esse acidente de percurso, rendeu-me quase dois anos de internamento em hospitais na Cidade de São Paulo, onde acorreu o assalto.

Mais recentemente, no ano de 2010, num simples exame de rotina, descobri um câncer no pulmão direito: um nódulo maligno encravado entre o pulmão e o coração.

Basta dizer que fui fumante por quarenta anos e o tipo de câncer do qual fui acometido não é causado por fumo. E sim, ocasionado pelo estresse. Nem precisa perguntar de onde veio esse estresse e logo vão perceber que a minha luta, e de muitos companheiros, vive cercada de muitas emoções que nos submetem a situações estressantes.

Moral da História: 

Tive que extirpar esse maldito câncer. E acreditem, se quiser, não tomei qualquer medicamento e nem sequer um comprimido de melhoral. Não foi preciso e plagiando o saudoso José de Alencar que foi o Vice-Presidente da República no Governo de Lula: "Deus pra me levar, não precisa de câncer!" Foi assim que descobri que minha hora não havia chegado.

Hoje, estou completando meu sexagésimo segundo aniversário e posso afirmar que o que vi da vida foi muita vitória sob todos os aspectos. Posso me considerar um vitorioso e um cara "duro na queda" e nesses muitos anos de vida e de luta em favor da pessoa com deficiência, que, na verdade, levou minha juventude, minha meia idade, minha melhor idade e que se tornou meu vício e é meu norte.

Posso dizer, com certeza, que eu vi da vida muita entrega, muita luta e muita busca pelos nossos direitos e cidadania. Muitas ações que fortaleceram um segmento social antes nem tanto acreditado. Mas, hoje, muito identificado com o verdadeiro significado da palavra LUTA.

Fui testemunha fiel de muitas vitórias, decepcionei-me com algumas derrotas, vi muitas injustiças. E como se diz o nosso Eterno Rei Roberto Carlos: "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções, eu vivi"
E o que ainda me incomoda ver?

Certamente, ver alguns oportunistas querendo aparecer para se promover em nome da pessoa com deficiência. Pegando carona no nosso trabalho, se locupletando na acepção da palavra. Utilizando-se, muita vezes, da nossa simplicidade e até mesmo ingenuidade já que não lutamos por uma causa para enriquecermos financeiramente e sim, para enriquecermos em conhecimento e termos mais oportunidade de discutirmos melhor a nossa causa.

Nomes,não devemos e nem queremos citar. Instituições, entidades, associações, segmentos, seja qual for a titulação, nem pensar, afinal, a carapuça recai na cabeça de quem se achar identificado com o que estamos escrevendo.

O que quero dizer é a pura verdade e falo por mim, pois não tenho "rabo preso". Isso é um pensamento de um punhado de militantes da causa e incômodo não vem de agora. E esse tipo de gente só vem aumentando, então precisamos colocar mesmo a boca no trombone.

A minha independência me permite esse posicionamento e talvez, eu esteja abrindo uma janela para outros companheiros se posicionarem e dizerem para todos e para cada um: "NADA DE NÓS, SEM NÓS"

José Odon Abdon
Presidente da ADEFERN
segunda-feira, 3 de junho de 2013

MERCADO DE TRABALHO DA ADEFERN


Aos interessados, entrar em contato com nosso Departamento Geral pelo número (084) 3614-2060.
#Urgente

Atenciosamente,

Décio Filho
Departamento Geral da ADEFERN
www.adefern.blogspot.com.br

ACESSIBILIDADE NA COPA 2014

Não é preciso que se diga que o Brasil é o país das contradições e das controvérsias e que, muitas vezes, se rende a situações difíceis de se imaginar.
Alguém pode se perguntar: "Por que é que se está tocando nesse Assunto?" Muito se questiona quanto ao legado que a Copa do Mundo pode ou deve deixar em nosso país e, por extensão, em nosso Estado. Parece até que o assunto é outro, mas não é!

Isso é apenas um ensaio para que possamos desde já começarmos a nos preparar para uma batalha tenaz: a discussão da questão da acessibilidade das Pessoas com Deficiência na Copa do Mundo de 2014, agora já bem próxima.

Então, já se bate uma dúvida em todos nós que de alguma forma apresentamos alguma deficiência e que gostamos de esportes. E especialmente, de futebol. E vem aquela pergunta: "Será que nós, pessoas com deficiência, teremos respeitados os nossos direitos de acesso a eventos esportivos garantidos por Lei? Ou será que os poderosos vão fazer de tudo para fazer de nós, cidadãos de terceira classe?

Amigos, nós não precisamos de piedade e nem que sejamos tratados com pieguices. Esse tempo já passou. Tudo o que queremos é que os nossos governantes saibam e assumam definitivamente a dívida que tem conosco, pessoas com deficiência, tudo que for feito para nós, em nosso favor, ainda é pouco.

Nós não queremos que o mundo seja adaptado somente para nós. Mas,  no mínimo que podemos esperar desse caso, é uma cidade acessível e que garanta o nosso direito constitucional de ir e vir com dignidade e de participar da vida num processo de igualdade. Será que isso é tão difícil assim?

A maioria dos segmentos sociais, classes sociais, enfim, grupos nem sempre minoritários são aquinhoados , beneficiados com e por Leis que lhes protegem e que buscam facilitar a Vida. Leis para todos os gostos. Então, por que nós cidadãos e cidadãs com deficiência não devemos lutar para que possamos por algumas dessas Leis, termos uma melhoria na nossa qualidade de vida e gozarmos de alguns direitos?

É chegada a hora de juntarmos as nossas forças e buscarmos a discussão de Leis que nos promovam. Leis que venham a melhorar nossa qualidade de vida e que de alguma forma, fortaleça o nosso segmento.

Em nosso Município de Natal, nós temos garantido por Lei Municipal, a Lei 4848/97, por acaso, uma Lei cuja elaboração foi da nossa ADEFERN e defendida pelo então Vereador Geraldo Neto, aprovada por unanimidade da Câmara Municipal , do jeito que elaboramos a minuta e que concede o direito de acesso gratuito para Pessoas com Deficiência em eventos esportivos no Município, o que decerto é uma grande conquista.

Devemos lutar para que tenhamos o acesso gratuito no Estádio Arena das Dunas, por ocasião da realização da Copa Mundial em 2014. Pois, afinal, o Estádio é em nosso Município e é aqui que vivemos, é aqui que nós moramos e temos de assegurar os nossos direitos.

No entanto, não é só isso. Precisa-se ser observado o acesso garantido (e cumprido) de todas as áreas de pertinência às pessoas com deficiência, a sinalização horizontal e vertical, facilitando a circulação das pessoas com deficiência num modo geral: são as vagas especiais, são as áreas de acessos com acessibilidade, a sinalização em Braille, etc.

Não estamos exigindo nada de mais. Queremos, sim, ser considerados como pessoas que dão contribuição ao desenvolvimento do país. E isso não é verdade? São as áreas de evacuação em casos de sinistros; é a garantia de espaço exclusivo para em casa de situações extras, podermos garantir nossa integridade física; não podemos esquecer e esconder, a violência nos estádios de futebol e de pensar que coisas ruins só acontecem com o vizinho.

Sabemos que existe alguém na multidão que sempre quer se posicionar contra, nós já estamos acostumados. Eu estou acostumado a bem mais tempo, pois afinal, são mais de 33 anos nesse ramo.

Nós somos um exercito de fato e, os nossos inimigos, são aqueles que buscam tirar os nossos direitos e que não aceitam que sejamos cidadãos diferentes e, ao mesmo tempo, capazes. Isso, nós já conseguimos provar.

A ADEFERN já elaborou um projeto o qual denominamos "Acessibilidade na Copa do Mundo 2014 para pessoas com Deficiência" e nesse, a discussão principal é de fato a acessibilidade e o cumprimento da legislação específica.

Nós devemos nos unir nesse propósito, é nossa "obrigação". O nosso dever enquanto instituição de pessoas com deficiência e para pessoas com deficiência é de almejar unir todos e representar com louvor nossos objetivos.

Aguardem-nos! Vamos convocar cada pessoa com deficiência de nosso Município e Estado para discutirmos nossos direitos e vê-los garantidos como é para ser "querer é poder" e nós queremos.

Lembrem-se bem desses dois adágios que de fato nos pertencem muito e tem tudo a ver conosco: "Quem não se expõe, não se impõe" e "Nada de nós, sem nós".

Meu abraço fraternal,

José  Odon Abdon
Presidente da ADEFERN

3 PRIMEIRAS ASSOCIAÇÕES REPRESENTATIVAS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Conhecendo nossa História,

Se o trabalho  da ADEFERN frutificou, com certeza, as associações de nossos municípios iriam frutificar também. Assim pensávamos e dentro da realidade, elaboramos o projeto de criação de novas entidades representativas do segmento da pessoa com deficiência em nosso Estado.

Foi assim que surgiram associações importantes e de muita representatividade em seus municípios e, consequentemente, em nosso Estado. Entidade como a Associação dos Deficientes Físicos de Mossoró - ADEFIM que gerou alguns nomes que se notabilizaram no Movimento como: Dênio Soares, Ivanildo Martins, Tomaz Neto, Jean Paul, Aremir Gonzaga, Euclides Rebouças, Tânia Rebouças, Francisco Gregório, Francisca Lúcia entre outros tantos nomes valorosos e importantes dentro do contexto da nossa luta.

COMO SURGIU A ADEFIM?

A Fundação da ADEFIM se deu através de um convite feito aos dirigentes da ADEFERN para fazer uma visita ao Município de Mossoró por meio do companheiros Tomaz Neto, Euclides Rebouças e Tânia Rebouças, para na oportunidade fazer uma palestra sobre a problemática da Pessoa com Deficiência.

Não tínhamos nenhum conhecimento de qualquer trabalho desenvolvido naquele Município, sequer conhecíamos os companheiros, com excessão de Euclides o qual tivemos o prazer de conhecer em um evento que era organizado anualmente pela ONEDEF. Foi na cidade de Fortaleza - CE, no Evento "Congresso Nacional de Entidades e Pessoas com Deficiência" que conhecemos o jovem Euclides, que naquela oportunidade já comentou sobre seu desejo de ajudar na Fundação de uma instituição voltada para os deficientes físicos da Cidade de Mossoró.

Com muita gratidão, aceitamos o convite e fomos enfrentar o calor causticante da nossa querida Mossoró, cidade que nos acolheu com muita alegria e pela qual tenho um imenso carinho e respeito. Fizemos a palestra que foi muito produtiva e proveitosa. Apesar de ter sido corrida, buscamos inteirar as pessoas com deficiência, que estamos no Ginásio de Esportes, sobre seus direitos e deveres enquanto cidadãos. Tentando explorar suas potencialidades e o poder de superação. Além da necessidade pertinente da criação de uma instituição que viesse representar, decisivamente, as pessoas com deficiência daquele Município.

Dessa visita, realizada pela Comissão da ADEFERN composta por José Odon Abdon, João Maria e Virgílio Lopes, foi dado o primeiro passo que resultou dias depois na Fundação da ADEFIM que, hoje, é uma das grandes entidades de nosso Estado.

COMO SURGIU A ADEFIC?

Era decorrido, então, o ano de 1986. Tomando conhecimento do trabalho desenvolvido pela ADEFERN, por meio da mídia escrita, falada e televisiva, fomos procurados pelo Deputado Estadual Iramí Araújo, que tinha raízes no Município de Caicó. Esse tinha sofrido Acidente Vascular Cerebral e havia se tornado pessoa com deficiência.

Dessa procura, fomos convidados para ir à Caicó, onde fizemos uma reunião muito importante com a participação de um bom número de pessoas com deficiência e autoridades daquele Município, inclusive o Juiz Local, que por sinal era também pessoa com deficiência física que se utilizava de cadeiras de rodas para sua deambulação.

A reunião aconteceu na Câmara Municipal de Caicó e como resultado, ao final de reunião, estava fundada a Associação dos Deficientes Físicos de Caicó  - ADEFIC.

Na oportunidade ficamos alojados no Centro Pastoral Dom Wagner e cuja estrutura nos baseamos para fazer a planta da futura sede da ADEFERN (atual). Ficamos encantados com a estrutura e a cortesia da qual nos foi dispensada no Município de Caicó e pelas freiras do Centro.
Um fato importante, ainda vale salientar, apesar do Dr. Iramí Araújo, médico renomado na região, ser Deputado Estadual, em momento algum foi ventilado qualquer assunto político. Apesar de não ter qualquer contato com o hoje ex-deputado, tenho ao mesmo, grande respeito por esse fato que me chamou à atenção.

Alguns nomes se notabilizaram e permanecem até os dias atuais na luta pelos interesses da pessoa com deficiência, dos quais podemos citar: Pina, José Rosa, José Cardoso, Severino dos Ramos, José Mario, Eneide Araújo, Maria do Céu e mais recentemente, Eliezer, o Caçador.

Para se ter uma ideia da importância da ADEFIC no contexto da luta em busca dos direitos de cidadania da pessoa com deficiência, alguns dirigentes daquela instituição, fizeram parte da Diretoria da ADEFERN como Severiano Ramos,  José Rosa e José Cardoso. Sem contar que o próprio companheiro Décio Gomes Santiago, que fincou suas raízes em Caicó, ocupou o cargo de presidente da ADEFIC e da própria ADEFERN.

José Odon Abdon
Presidente da ADEFERN